Alem de obter o aval do papa os Templários ainda conseguiram ser completamente independentes. O Grão Mestre se reportava diretamente ao papa, isso fez uma grande diferença. Não haviam cardeais ou bispos no meio do caminho, a ordem estava acima de todos, podiam agir por conta própria sem dar satisfação e principalmente sem precisar dividir nada com ninguém, tudo isso graças a São Bernardo. O papel dos Templários se mostrava de grande importância nos planos de ocupação da Terra Santa, então os fins justificaram os meios, a Ordem tinha um grande propósito, uma causa: os nobres guerreiros iriam restaurar a Terra de Deus domina pelos infiéis e odiosos sarracenos. Não podia existir nada mais importante do que isso para qualquer cristão decente.
Rapidamente os Pobres Monges de Cristo se espalharam pela Europa angariando donativos para a nobre causa, a tarefa dos Templários tornou-se conhecida e os monges guerreiros, defensores da Terra Santa, humildes servos, cristãos devotos, castos e com histórias de bravura em batalha, batiam de porta em porta arrecadando donativos para manter a guerra, ou melhor, a causa. Os donativos fluíam facilmente, tanto em ouro, prata, como em objetos, propriedades, animais entre outros. Conseguiram grandes extensões de terras na França, Espanha, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Áustria, Hungria, Itália e Escócia. Muitos nobres deixaram-lhes heranças, feudos inteiros, construíam igrejas e castelos para a Ordem. o Rei Afonso I concebeu um terço de todo seu reino, correspondente as regiões de Aragão e Catalunha na Espanha. O duque da Bretânia, Conan, deu-lhes uma ilha na costa de Bretã e também uma parte de toda sua renda anual. Os pobres davam o que podiam, nobres que morriam nas cruzadas deixavam suas posses para a causa, ninguém deixava de contribuir e a tudo isso ainda soma-se a pilhagem da guerra.
Tudo isso contribuiu para o crescimento rápido da Ordem, precisavam agora administrar terras e seus tesouros, tinha presença internacional e eram autossuficientes, suas propriedades produziam. As operações militares já eram menores do que as operações administrativas e financeiras das suas posses em toda Europa. A Ordem precisou atuar como banco, dando origem aos princípios bancários que conhecemos hoje, guardava tesouros de reis, nobres e até o do próprio papa, transportavam valores, trocavam moedas para os peregrinos, assim como guardam pertences e terras quando os proprietários estavam em viagem a Terra Santa.
Então a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo agora era a organização mais rica do mundo conhecido, cada vez mais precisavam de irmãos para administrar seus negócios e cavaleiros para guerrear no fronte das batalhas. Seus negócios eram conduzidos no mais absoluto segredo, o que é plenamente justificado tamanha sua riqueza. Logo vieram a cobiça e as profundas suspeitas a cerca de suas atividades. Críticos começaram a surgir, alguns religiosos questionavam a morte de humanos e os saques a cidades, outros levantavam suspeitas sobre o contato dos cavaleiros com os infiéis, acusações de arrogância não faltaram. Rumores se espalhavam afirmando que os Templários mantinham atividades secretas e esotéricas,. A tentativa de difamação sempre ocorre com os poderosos, não podia ser diferente com os Templários, mas os que acreditavam e apoiavam a causa superaram em número e autoridade e a Ordem prosperou no Oriente e no Ocidente, como tinha que ser.
O sucesso precisa de uma causa para lutar. Quem não tem uma boa causa é levado por qualquer uma por mais fútil que seja.
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